O Governo Civil do Porto era um órgão de administração pública que representava o Governo português no distrito do Porto. Os Governos Civis surgiram pela primeira vez após a revolução liberal de 1820, no século XIX, como órgão administrativo de substituição das comarcas que, no antigo regime, representavam a coroa.
No entanto, esta medida só seria implementada no terreno após a Guerra Civil de 1834, após a divisão de Portugal em distritos, com áreas semelhantes às das antigas comarcas. E os magistrados administrativos passaram a designar-se por governadores civis.
Estes representavam o Governo nos distritos em causa, mas as suas funções foram decrescendo com a passagem do tempo mas, especialmente, a partir do século XX com a criação de delegações próprias por parte dos respectivos ministérios.
A Constituição de 1976, que já previa a regionalização mas que nunca foi implementada, já previa extinção dos distritos e, claro, dos governos civis. Contudo, apesar da regionalização ter sido chumbada em referendo, os governos civis acabaram mesmo por ser extintos pelo executivo liderado pelo Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho, em 2011.
O Governo Civil do Porto trabalhou num edifício na Rua de Gonçalo Cristóvão, na cidade portuense, que chegou a ser prisão de homens condenados a tablados forçados, casa de telégrafo ou serviço da Guarnição Militar, por exemplo, e o seu último governador civil foi Fernando Moreira.